Ela olhava pela janela aberta, o céu muito azul e as gaivotas em círculos: preto – branco – preto – branco.
– A nossa espécie deveria poder voar como os pássaros. Como pode a seleção natural nos dar tamanho intelecto e não podermos voar? Quanta liberdade, quanto paz, quantas aventuras! Deveríamos poder voar!
O companheiro empenhado com a gravata e seus nós comentou:
– Você sempre fala em voar! Pense que se tivesse asas não poderia escrever…
E ela divertida pensou, se espreguiçando:
– Imagina! Eu escreveria com o bico!